quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Solitária Mulher...




Que deixou a alma se aventurar...
Se encantar...
Que hoje sente a brisa da noite a olhar
para o céu sem mais sonhar...

Que se embriaga com o cheiro da terra...
Que suas mãos tocam como uma canção...
Que sai do chão o sopro da vida...

Que houve seu coração sozinho...
Que vive lembranças de uma reserva
de memórias incontroláveis...
Ressurgidas sem razão...
Abençoada pela madrugada...
Sem temer o silêncio...

Solitária Mulher...

Com a experiência de uma bela solidão...
Se distância de novas afinidades...
Não se deixando recortar do grande mistério da vida...
Que tudo contém...
E...
Que tudo é vazio...

Sua liberdade maior são seus pensamentos e desejos...
Suas convicções e percepções...
E o extraordinário sentido em amar...
É a sua mais bela viagem...
Sem perceber que é longa...
Sem destino e sem parada...

Solitária Mulher...

Que hoje tem a certeza que não
pode mais sonhar sozinha...
Mesmo transformando tudo em mais simples...
Não sabendo explicar o mundo...
Nem por que sente tanto seu coração...

Não admite ser mais uma personagem
destes roteiros criados...
Quer continuar escrevendo sua história...
Quer dá beleza ao seu final...

Solitária Mulher...

Que está chegando perto da consciência do ser...
Que se acostumou em admirar os rochedos...
Encontrando consigo mesma...
E...
Vencendo as diferenças...

Que sempre acredita numa nova aurora...
Buscando beleza na simplicidade...
Enxergando uma porta aberta no céu...
Refletindo alegrias...

Mesmo assim...

Sofrendo e vivendo, só por amor!!!