Salvador 12 de julho de 2012
Hoje, após 48 dias de sofrimento, sinto uma grande
alegria!
Quero agradecer em primeiro a meu Deus, todos os anjos
e os espíritos bom que estão sempre junto a mim.
Quero agradecer aos ortopedistas: Dr Alex Guedes e Dr.
Bruno Garela Barreto
Aos clínicos do PA: Dr. Noé Amparo Jr, Dra Alessandra,
Dra Fabiane Campista, Dra Manoelita M. Barreira, Dr. Ricardo Miranda e Dr. Igor
Abram
A todas as enfermeiras representadas pelo anjo bom,
Joelma Barcelar.
Aos responsáveis pelas macas e cadeiras de rodas: Carlos
Conceição e Roberto Carlos de Jesus.
A toda equipe do Hospital Aristides Maltez( Liga Bahiana
Contra o Câncer)
Quero agradecer também...
A minha linda MÃE. As minhas irmãs, Dilma Macedo e
Neuracy Macedo.
A minha filha Nanci e ao meu genro Rodrigo Sestrem, e ao
anjo Jovane Ebani.
Meu muito obrigado de coração!
Meu filho, há 48 dias, começou a sentir uma dor muito
forte na coxa esquerda, pensamos a principio que era um problema muscular,
administrei um relaxante muscular, mas a dor foi a cada instante crescendo, e a
coxa inchando, ele não mais conseguia andar, como não temos plano de saúde, fomos
na emergência do Hospital Menandro de Farias (hospital público), fomos bem
atendidos e o clinico passou anti-inflamatório e remédio para dor, mas não
adiantou, 6 dias depois voltamos na emergência do mesmo hospital, lá encontramos
de plantão Dr. Alex Guedes, que foi nosso grande anjo de carne e osso, fez um
encaminhamento para o Hospital Aristides Maltez, especializado em câncer,
público também, ali já senti um frio na espinha, mas não demonstrei para Léo,
meu filho, o que estávamos pensando, Dr. Guedes me disse que era responsável pelo
Centro de tratamento de câncer/ortopedia do Aristides Maltez, e que, só meu
filho lá dentro do hospital, poderia nos ajudar.
A dor passa a ser insuportável, nada consegue aliviar,
dentro de minha casa é só sofrimento, chegamos no dia marcado para a consulta,
entro no hospital Aristides Maltez as 7:00h da manhã, com Leonardo de pressão
baixa, quase desmaiando de dor, foi preciso uma maca para tira-lo do carro,
Carlos e Roberto chegam como dois anjos e me ajudaram, mas era preciso fazer a
matrícula, que com a autorização do Dr Guedes, conseguir fazer, mas antes ele
já estava sendo medicado com morfina e outros remédios, começamos uma grande
jornada. Na espera de todos os exames necessários para um diagnostico mais real,
sendo medicado em casa, mas em 4 a 5 dias constantemente, eu chegava ao
hospital com meu filho em crise insuportável de dor e era atendido no PA (pronto
atendimento), lá era administrada morfina e tudo mais que ele precisava para
aliviar a dor e nos dar condições de retornar para casa, nestas noites, que
foram poucas, ele conseguia dormir bem, no dia seguinte tudo começava e ia
aumentando até o nível estremo.
Este meu relato tem só um objetivo, eliminar o
preconceito do atendimento de saúde pública, vivendo no hospital, indo e vindo todos
estes dias, tive a oportunidade de ver e
sentir como os profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, atendentes, todos
eles, estão empenhados em ajudar a quem precisa. Todos nos trataram com amor e compreensão,
todos sentem as dores que todos sentem, mas é muita gente necessitada, para
poucos cuidarem, em momento nenhum presenciei um mau trato, pelo contrario,
repito, é muita gente doente e pouco espaço e poucas pessoas para atender. Eu
nunca vi de perto o que vi estes dias, esta doença é horrível, maltrata o corpo
humano, dilacera a dignidade, nos torna pequenos demais, conviver e presenciar
a dor de muitos é apavorante. Se existe inferno, o inferno está aqui mesmo.
Hoje, meu filho fez a cirurgia, foi um sucesso, Dr
Guedes disse que amanhã ele já vai andar, que é improvável que seja câncer, foi
um abscesso líquido, que seus músculos estavam sujos de pus e sangue, ele drenou,
lavou, ficou tudo limpo, dava até para dar uma aula de anatomia... me disse que
ficasse tranquila, e eu fiquei. Léo retornou do centro cirúrgico com outra aparência,
não existe mais a dor que o transformava, que tirava dele o sorriso, a natural
simpatia com todos, não existe mais na sua face lágrimas.
O que vi de perto me ensinou muito e confirmou o que
sempre pensei... Somos todos iguais, não somos nada e somos tudo. “O amor pelo próximo
é o que nos faz humanos”! Esta frase não deve ser minha, mas é real, devo ter
lido, ou ouvido, ou pensado, não sei, mas na duvida, não é minha.
Vou a partir de agora fazer uma grande campanha de
ajuda voluntaria para o Hospital Aristides Maltez e quem quiser me acompanhar
nesta luta, esteja junto. Toda ajuda é importante, seja ela financeira para
quem tem condições, ou seja, qual for.
Vou relacionar sempre o que cada um pode fazer de bom
para o Hospital.
Estes dias tem muito a ser dito...
Ajudando o Hospital Aristides Maltez, você vai está
ajudando milhares de pessoas que estão condenados a morte, por não ter condições
financeiras de cuidar de uma doença violenta e sem piedade.
Este Hospital, como muitos outros no nosso país, precisam
da ajuda de todos, governo, empresários, ricos e pessoas como nós.
Vamos fazer a nossa parte! Não importa se existem
muitos que não pensam!
O importante é cada um fazer o que puder para ajudar
os outros!
Ajudar não importa a quem e amar o próximo! Somos
todos UM!
Eu sempre vou acreditar no SER HUMANO, até que me
provem o contrario!
Obrigada por ouvirem este meu relato!
Bjs nas almas
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